sexta-feira, 30 de setembro de 2016

«Grandeza do homem» - Ruy Belo

- pelas 8 e 50... - de ontem
- (re)aberto o livro, «ao acaso», surgiu o poema que depois será inscrito na Tela do Qd.o de C. P. - onde só se desenha: 

Grandeza do homem

Somos a grande ilha do silêncio de deus 
Chovam as estações soprem os ventos 
jamais hão-de passar das margens 
Caia mesmo uma bota cardada 
no grande reduto de deus e não conseguirá 
desvanecer a primitiva pegada 
É esta a grande humildade a pequena 
e pobre grandeza do homem



Ruy Belo, Aquele grande rio Eufrates, 1961 - transcrito da p. 89 da 5.ª ed.,  Presença, 1996

[hoje, da introdução de J. T. M.: "Todo o livro é percorrido pela tensão dialética entre a presença misteriosa e irredutível de Deus e a sua ausência, o seu silêncio. Como é claro neste poema [...] Este drama, que moldou tão profundamente a alma do poeta,  é o daquela frase de Bernanos, que R. B. anotou num exemplar pessoal do seu livro: "Num segundo entreviu a sua solidão medonha, fundamental, a solidão dos filhos de Deus" - p. 13]

[1 de outubro - dia dedicado a R. B., em Óbidos, no «Folio» - «H. de Palavras» - Dicionário de A a Z - de Nuno Costa Santos - AQUI]

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

«A escrita como legítima defesa» (Pérez-Reverte)

[de manhã, o primeiro Quadrado, com «APG», como sempre...]

[de Reverte, leu alguns dos primeiros (O mestre de esgrima, A tábua da Flandres, O clube Dumas...)  - estarão nas Estantes do Princeso, em S. António?...]

- na parte final desta entrevista, referências ao seu modo de ver Lisboa... 
Recorte:
"[...] Eu vim há muito tempo a Lisboa porque li Pessoa, Camões e Eça de Queirós. Vim para encontrar a realidade que amava nos livros. Esses turistas filhos da puta nem sabem quem foi Pessoa (...)" 
(do Público, de hoje)

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Árvore do Paraíso

- a única árvore que restou do Velho Paraíso - referida ACIMA-ABAIXO -  na Abertura do Paraíso 1617 (Foto de Eli):